Nesta matéria vamos falar sobre o soco inglês ou soqueira. Arma contundente de metal que envolve os nós dos dedos das mãos que potencializa a força e consequentemente os danos no adversário, sendo sem dúvida uma ótima ferramenta para portarmos em nosso EDC combativo.
Vamos conhecer sua história, modelos e os tipos de danos que podem causar no corpo humano.
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A vitória com um soco
Os socos ingleses ou soqueiras são armas usadas para autodefesa. Basicamente são compostas de metal sendo moldados para envolver os nós dos dedos. Projetados para fornecer a força dos golpes através de uma área de contato menor e mais dura, copmo o rosto humano, eles resultam em maior ruptura dos tecidos e maior probabilidade de fraturar os ossos da vítima no impacto. Além disso, o usuário de tal arma pode golpear com mais força que o normal, exacerbando ainda mais os danos, devido à reduzida ansiedade subconsciente de machucar suas próprias mãos ao golpear. A sua história é muito ricas, acredita-se que tenha sua origem na antiga Roma. Acredita-se que as juntas de bronze tenham evoluído do antigo " caestus " romano, um tipo de luva ou guarda de mão feita de couro e metal usados durante as lutas de boxe em eventos de gladiadores.
Ao contrário das luvas de boxe modernas que são usadas para abafar o punho dos lutadores e, assim, diminuir o dano corporal, o caestus foi usado para intensificar os danos causados por um soco ou golpe. Um cestus é uma antiga luva de batalha. Com efeito, é o equivalente do mundo clássico às juntas de latão, às vezes usadas em pankration. A primeira versão de um cestus era uma série de tiras de couro amarradas na mão. Os gregos usaram-nos nas competições corpo-a-corpo, onde apenas o knock out importava. Em latim romano, cestus se referia ao couro que estava enrolado ou encadernado em qualquer coisa, incluindo itens como cintos. Romanos modificaram as correias de couro, adicionando peças de metal, incluindo tachas e chapas de ferro. Alguns deles fixaram pontas sobre os nós dos dedos.
Versões mais perigosas da mesma arma incluíam o myrmex ou "piercing de membro", e o sphairai originalmente grego, finas tiras de couro com lâminas de corte. Os cesti eram geralmente usados em ataques de gladiadores, onde combatentes desarmados - geralmente escravos - lutavam até a morte. Esta forma de boxe tornou-se cada vez mais sangrenta até que o cestus foi oficialmente proibido no século 1 aC. A luta corpo-a-corpo foi proibida em 393 DC. A representação mais famosa do cestus na escultura é O Boxeador de Quirinal, em Roma. A figura sentada está vestindo cesti em suas mãos. Tekko Uma arma similar, a " tekko ", é uma das armas tradicionais do kobudo, uma arte marcial de Okinawa, no Japão. Eles foram usados principalmente por artistas marciais, e eles ainda são usados hoje e são geralmente feitos de madeira, metal ou qualquer outra coisa que possa ser útil.
Tekko era originalmente um tipo de ferradura. Diz-se que os agricultores mantinham sempre à mão, e isso poderia ser uma ferramenta muito eficaz na luta contra qualquer inimigo imediatamente. Também foi útil para transportar. Ele passou por várias modificações como uma ferramenta de autodefesa a ser usada sempre que uma situação exige uma reação instantânea até que ela adquira sua forma atual.
Na época da Guerra Civil Americana em 1800, uma variedade de materiais foi usada para criar luvas de mão que agiam muito como knucks de latão. Os materiais incluíam latão, claro, assim como madeira, ferro e chumbo.
Embora inovador, o revolver apache provavelmente fez pouco para melhorar a reputação dos socos ingleses. Usado principalmente por criminosos franceses no final do século 19, o design inovador combinou um revólver com uma alça feita de nós de metal.
Até os campos de batalha da Primeira Guerra Mundial e da Segunda Guerra Mundial fizeram uso de soco inglês. No entanto, a ideia de design foi levada adiante na Primeira Guerra Mundial, embora com uma faca, não com uma arma. Alguns soldados dos EUA receberam a faca Mark I Trench Knife, que combinava uma faca de sete polegadas e duas lâminas com uma alça de latão.
As facas de trincheira tornaram-se tão populares que muitos soldados norte-americanos receberam facas similares durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, os comandos britânicos deram um passo além. Eles usaram o famoso Death's Head Knife, principalmente no Oriente Médio. A faca combinava uma lâmina de seis polegadas com uma alça de latão que mostrava a forma de um crânio em seu desenho. Nos anos seguintes, os socos ingleses se tornaram ilegais em muitos países.
Uma forma menos conhecida de juntas artificiais é conhecida como " luvas de seiva ". Luvas de seiva são luvas de couro cheias de barras de chumbo ou pó de chumbo. Durante anos, boxeadores os usaram secretamente, junto com socos ingleses, para obter uma vantagem injusta sobre seus oponentes. Um exemplo trágico foi Billy Collins Jr. x Luis Resto foi uma luta de boxe ocorrida no dia 16 de junho de 1983, que entrou para a história como a mais triste e obscura luta da história do boxe mundial. Luis Resto e seu treinador (Carlos "Panama" Lewis) substituiram todo o enchimento de espuma de suas luvas por uma camada de argamassa. Billy Collins Jr. aguentou dez assaltos, mas acabou a luta todo deformado e teve a carreira abreviada, por conta de uma séria lesão nos olhos.
A trágica luda de Billy Collins Jr. x Luis Resto.
Hoje encontramos o soco inglês no mercado feito de todo tipo de material e formato. Desde designs exóticos, encontramos também acoplados a armas com facas, bastões, e até soco inglês elétricos:
Danos na estrutura humana
Uma arma contundente poderosa, como podem ver abaixo o soco inglês potencializa o soco de seu usuário e o impacto causa fraturas, destruição de tecidos, hemorragias internas e rupturas de órgãos. Lógico mesmo com todas as vantagens que esta ferramenta proporciona no combate de rua como qualquer arma o soco inglês requer dedicação e prática de seu portador para usa-la corretamente e extrair o melhor do potêncial da ferramenta. Afinal ela é apenas isso, uma ferramenta, a verdadeira arma é nossa mente.
Lembre-se: O sobrevivencialista e combatente urbano faz seu próprio caminho, é o seu próprio mestre, não procure por um Mestre Yoda pra chamar de seu. Seja questionador, faça cursos em lugares credenciados com profissionais com experiência em área de segurança. Afinal autodefesa é um investimento para proteger a sua vida e daqueles que o cerca. Semper fie.
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