Desde o surgimento do vampiro mais conhecido o Drácula do livro homônimo do autor Bram Stoker a cultura pop está lotada a referência a vampiros, é possíveis ve-los em livros, filmes, séries, jogos eletrônicos, etc... Mas o que poucas pessoas sabem é os vampiros, as criatura míticas demoniacas que sugam o sangue dos vivos, tiveram origem devido a atos de serial killers presente na história humana desde os tempos antigos.
O vampirismo é um transtorno de personalidade classificado como um subgênero do grupo do canibalismo. Como veremos a seguir tal transtorno pode ter origem psicótica (geralmente uma crença de que o sangue está ficando fraco e precisa repor o sangue para não morrer), ou mesmo um traço de personalidade predatória que busca a satisfação na caça e absorção do sangue da vítima. Nesta postagem vamos conhecer o perfil, modus operandi deste tipo de predador urbano extremamente perigosos e pouco conhecido.
1. Vampirismo na história
A noção de vampirismo existe há milénios e em diversas culturas. O termo vampiro vem do francês vampire, que o tomou do alemão Vampir, que por sua vez o tomou emprestado no início do século XVIII do sérvio вампир/vampir, quando Arnold Paole, um suposto vampiro, foi descrito na Sérvia na época em que esse território estava incorporado no Império Austríaco. O Houaiss dá ainda como possível origem o húngaro, além do sérvio, apresentando como formas históricas vampire (c.1784), vampiro (1815) e vampyro (1857). Em búlgaro e macedónio вампир (vampir), croata upir /upirina, checo e eslovaco upír, polaco wąpierz, e (talvez por influência eslavo-oriental) upiór, ucraniano упир (upyr), russo упырь (upyr'), bielorrusso упыр (upyr), do antigo eslavo oriental упирь (upir').
Como se pode ver o vampirismo já assolou a sociedade em todas as regiões e épocas porém assim como acontecia com canibais que eram considerados lobisomens, ou praticantes de licantropia segundo a igreja e as leis da época, seendo queimados na fogueira, o mesmo se dava com os psicopatas que bebiam sangue que eram tido como vampiros. Isso ocorria por que para a mente do homem comum medieval era mais fácil associar esses atos hediondos com atos ligados a bruxaria, ou criaturas demoniacas do que conceber que poderiam ser atos de um homem pertubado. A crença em tais lendas penetrou tanto em algumas regiões que causou histeria colectiva e até execuções públicas de pessoas que se acreditavam serem vampiros. Surgiram estudiosos e verdadeiros tratados na época, como Michael Ranft que foi um pastor protestante luterano, escritor, historiador e especialista em vampiros do Iluminismo na Alemanha. Ele escreveu a obra "De Masticatione mortuorum in tumulis, publicado em Leipzig em 1728.
Frontispício de um livro alemão de 1733 sobre vampiros
Em 1484, o Papa Inocêncio VIII emitiu um decreto, Summis desiderantes affectibus, onde declarou que muitos homens e mulheres estavam em conluio com o Diabo. Neste momento foi muito perigoso se opor à Inquisição. Um médico holandês, Johann Weyer, 1515 - 1588, criticou o Malleus Maleficarum ea caça às bruxas em: De Praestigiis Daemonum e Incantatiponibus ac Venificiis (Sobre as Ilusões dos Demônios e sobre Feitiços e Venenos, 1563), De Lamiis Liber (Livro de Bruxas, 1577). Em De Irae Morbo et ejus curatione Medica et Philosophica de 1580, Weyer foi o primeiro a usar o termo "doentes mentais" para designar a mulher acusada de praticar feitiçaria.
Hoje sabemos que tal ato predatório é um traço de personalidade psicopática portadora da síndrome de Renfield, que é uma obsessão por beber sangue. E tal comportamento são incluídos em categorias diagnósticas psiquiátricas como esquizofrenia ou parafilia, onde tal indivíduo pode estar agindo tanto por alucinações cognitivas ou simplismente o prazer estimulante de domínição física e sexual em seu ato predatória contra a vítima.
2. Vampirismo Clínico
O vampirismo clínico , mais comumente conhecido como síndrome de Renfield, é uma obsessão por beber sangue. A apresentação formal mais antiga do vampirismo clínico para aparecer na literatura psiquiátrica, com a interpretação psicanalítica de dois casos, foi contribuída por Richard L. Vanden Bergh e John F. Kelley em 1964. Como os autores apontam, breves e esporádicos relatos de comportamentos de beber sangue associados ao prazer sexual apareceram na literatura psiquiátrica pelo menos desde 1892 com o trabalho do psiquiatra forense austríaco Richard von Krafft-Ebing . Muitas publicações médicas sobre vampirismo clínico podem ser encontradas na literatura da psiquiatria forense, com o comportamento incomum relatado como um dos muitos aspectos de crimes violentos extraordinários.
Perfil Criminal:
O perfil criminal é o mesmo do canibalismo ( clique aqui).
Modus Operandi
O modus operandi é o mesmo do canibalismo (clique aqui).
Casos Reais:
Peter Kürten, o "Vampiro de Düsseldorf"
Peter Kürten (Mülheim, 26 de maio de 1883 - Colônia, 2 de julho de 1931) foi um assassino em série alemão conhecido pela alcunha de "Vampiro de Düsseldorf".Kürten praticou uma série de crimes, entre estes, assaltos, assassinatos e abuso sexual contra adultos e crianças, entre fevereiro a novembro de 1929 na cidade de Düsseldorf. Sua sentença foi morte por decapitação, executada em 2 de julho de 1931. Sua cabeça foi conservada para estudos. Posteriormente foi dissecada e mumificada e faz parte do acervo do museu "Ripley's Believe It or Not!" na cidade de Wisconsin Dells, nos Estados Unidos.
Richard Trenton Chase, o Vampiro de Sacramento
Richard Trenton Chase (23 de maio de 1950 – 26 de dezembro de 1980) foi um assassino em série estadunidense. Psicótico, matou seis pessoas no espaço de um mês, em Sacramento, Califórnia e ficou conhecido como "O Vampiro de Sacramento", porque ele bebia sangue de suas vítimas e canibalizava seus órgãos internos, fazendo isso como parte de uma ilusão de que ele precisava para impedir os nazistas de transformar seu sangue em pó através do veneno que tinham plantado sob sua saboneteira.
Marcelo Costa de Andrade, o Vampiro de Niterói
Marcelo Costa de Andrade, vulgo Vampiro de Niterói, é um assassino serial brasileiro, acusado de ter matado cerca de catorze meninos nas redondezas de Itaboraí, cerca de 30 quilômetros de Niterói, no Rio de Janeiro, no ano de 1991.
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