A pergunta acima pode chocar, mas é importante esse auto exame, pois muitas pessoas tem dificuldade até de lutar de maneira mais forte dentro da academia. Sentem medo, ou receio de se machucar ou machucar o colega, o que dirá tirar uma vida. Muitas pessoas respondem de pronto que sim, pata tentar validar a sua coragem, mas na prática o ato de matar vai contra a doutrinação social, e a nossa própria natureza quanto espécie, já que a maioria de nós não são psicopatas. Contudo, o domínio da agressão humana, é vital para o desenvolvimento futuro e, talvez, para a própria existência de nossa civilização. Porém para algumas mais do que outras o assunto ainda é um tabu, frente o politicamente correto.
O ato de matar na sociedade moderna, não é visto como uma necessidade, mas sim como um ato que vai contra doutrinas religiosas, e conceitos morais presentes em nossa sociedade moderna. Mesmo em um cenário como o nosso, com 62 mil estupros e 65 mil homicídios e latrocínios (morte em assaltos) anuais, um agente de segurança pública quando mata para salvar um cidadão passa por todo tipo de reprovação, desde a mídia e movimentos sociais, até da própria sociedade. Tirar uma vida, ferir uma pessoa mortalmente vai contra o nosso condicionamento social. Então é de suma importância um autoexame para saber até onde o condicionamento moral social teofilosófico possam ter prejudicado a sua capacidade de reação letal em um cenário extremo, podendo trava-lo no momento no momento de crise. Uma vez feito esta reflexão você pode pensar em trabalhar e desenvolver o seu mindset combativo de maneira efetiva, como veremos a seguir nesta matéria.
Observação importante: As informações presentes nesta matéria são para o público maior de 18 anos, para fins de conhecimento didático, e treinamento combativo baseado na legítima defesa e estrito comprimento legal que estão em nossa constituição e Código Penal. O uso indevido dessas informações, bem como suas consequências é de responsabilidade única e exclusivamente de quem praticar e desobedecer a lei. Então use o cérebro.
Depois de ler a mensagem acima podem iniciar a leitura do artigo abaixo:
Mais rápido, mais eficiente, mais letal
Sabendo da dificuldade e dos entraves sociais que um ser humano é condicionado diversos países do mundo buscaram formas de desbloquear os instintos guerreiros de seus soldados. O Exército dos EUA, por exemplo, aumentou a taxa de disparo tradicional de 15% para 50% entre a Segunda Guerra Mundial e o conflito coreano e novamente para mais de 95% no Vietnã e na Tempestade no Deserto. Os britânicos aumentaram de forma semelhante sua taxa de disparo, com um efeito devastador nas Malvinas, contra os argentinos ainda em níveis tradicionais. Todas as forças armadas modernas, desde então, resolveram o problema. Como?
Grossman relata cinco fatores que influenciam (determinam?) a probabilidade de uma pessoa matar:
1. Predisposição do assassino
Temperamento
Treinamento / Condicionamento
Experiências Recentes
2. Atratividade do alvo
Relevância
Pague
3. Distância do alvo
Distância física
Distância emocional
4. Absolução de Grupo
Suporte para matar
Identificação com grupo
Proximidade do grupo
Número no grupo
Legitimidade do grupo
5. Demandas de autoridade
Intensidade de demanda para matar
Legitimidade de autoridade
Respeito pela autoridade
Proximidade
Muitos desses fatores foram bem compreendidos e amplamente praticados nos dias de taxas de disparo de 15%. Pode ser assim que os exércitos deixaram de depender de 2% da população predisposta a matar em combate sem um estímulo dramático ou remorso prejudicial. Uma grande lacuna no desempenho de combate permaneceu porque, “Quando as pessoas ficam com raiva ou assustadas, elas param de pensar com o cérebro anterior (a mente de um ser humano) e começam a pensar com o mesencéfalo (que é indistinguível da mente de um animal, cérebro reptiliano). Eles estão literalmente morrendo de medo. A única coisa que tem alguma esperança de influenciar o mesencéfalo é também a única que influencia um cão: o condicionamento clássico e operante. ” A grande mudança veio quando o Exército dos EUA começou, talvez sem querer, a incorporar os comportamentos demonstrados por Pavlov e BF Skinner, tornando o treinamento muito mais realista, repetitivo e gratificante.
O treinamento da Segunda Guerra Mundial foi conduzido em um campo de tiro gramado, no qual o soldado atirava em um alvo. Depois de disparar uma série de tiros, o alvo era verificado e ele recebeu um feedback que tinha acertado.
O treinamento moderno chega o mais perto possível de simular as condições reais de combate. O soldado está em uma trincheira com equipamento de combate completo, e alvos em forma de homem aparecem brevemente na frente dele. Esses são os estímulos eliciadores que estimulam o comportamento do alvo ao atirar. Se o alvo for atingido, ele cai imediatamente, fornecendo feedback imediato. O reforço positivo é dado quando esses tiros são trocados por medalhas de tiro.
O treinamento tradicional de tiro ao alvo foi transformado em um simulador de combate.
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